quinta-feira, 17 de junho de 2010

SunDay, and I'm in love

"...á minha maneira..."

terça-feira, 15 de junho de 2010

Tantas cadeiras para um par de ténis

E se eu voltar?!
Se me perder novamente
na tentativa de fazer poesia,
de tentar estar contente...
de tentar ser coerente...
E se agora não conseguir?
Posso nem ter alegria e
sentir que não devia.
Alem disso, arriscar
para que?
Esta tudo em ruínas,
nada se quer erguer,
neste presente
que corre rapidamente.
Estou a bater com a cabeça nas paredes.
Estou a rebentar interiormente.
(e tu sem saberes de nada)

segunda-feira, 14 de junho de 2010



O que vale a pena esta entre o minuto 1.48 e 3.50
Certamente há muito melhor que isto, mas eu nunca gostei de dança e hoje isto pós-me a lágrima no olho O.O

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Como outra pessoa

Escolheu roupa assa de corvo. Os olhos foram marcados igualmente de negro. O seu cabelo reflectia o sol no meio da escuridão. Olhou o espelho. E assim saiu de casa fechando a porta atrás de si. Desceu a rua e passou pelo café da moda, na sua cidade. Foi olhado de cima a baixo e teve de ouvir mútuos comentários em alto som. Chamava a atenção. Os seus acessórios não eram comuns e a suas roupa era o oposto da de qualquer outra pessoa ali. Depois parou junto a estação de comboios. Era ali que podia construir um muro. Pois entrar para uma carruagem é como ir numa viagem para outro mundo. Não há os mesmo olhares pousados no seu eu. Parou poucos fragmentos de tempo ao pé da linha. E riu-se para dentro. Muitos julgariam que ali estava para se atirar e acabar com a vida. Riu mais uma vez. Ouviu o sinal sonoro e avançou. Uma senhora ao seu lado miro-o intrigada. O ar acelerou e o comboio chegou instantaneamente. A vida mudou. Ninguém o olhou. Agora não havia o rotulo. Agora não o olhavam por ter olhos pintados. Agora não o olhavam por utilizar acessórios. Agora não o olhavam pelo excesso de preto em contraste com a pouca cor forte. Não estava mais na sua pequena terra. Não tinha mais a pequena mentalidade daquelas pessoas. Todas elas iguais. Ia estar com quem queria. Com quem lhe guardava o coração. E assim, já ninguém o podia julgar.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

I'm gonna marry with my all stars*

Quero chegar de moto, quero ter um vestido com corpete vermelho e ir de all stars brancos.
Quero sair de carocha vermelho, com o mesmo vestido e os mesmos all stars.
P.S. Vou ter de pensar seriamente em não levar noivo para o meu casamento.

You are a good route to follow

Há dois tipos de pessoas. As que valem a pena e as que não valem para nada. No teu caso, vales a pena. Vales para muito. E vales tudo.
Acho que este vai ser o primeiro texto que aqui escrevo directamente para alguém, e como tu tanto te auto-criticas, e dizias coisas feias sobre o facto de eu poder vir a fazer isto, resolvi mesmo escrever. Porque vale(s) a pena, até ficar sem leitores, como tu achas.
Bem, para começar digo já que és mais do que julgas ser e que podes mais do que julgas poder. Já tive várias oportunidades para te o dizer e julgo que já percebeste que não me vou cansar do referir. Porque tu tens valor e tens de o saber, pelo menos de ter certeza. E se ninguém te lembrar isso (o que duvido muito) eu relembro-te sempre que for preciso. Sabes bem que o faço!
Já reparaste que aguentamos 3 anos com tantos altos e baixos?! Ficamos sem tempo um para o outro, conhecemos outras pessoas, tive a minha má altura, os horários são uma treta, tu e a Internet são uma coisa um pouco incompatível e eu teimo em trocar sempre a rede do telemóvel...da para rir até. Mas o melhor é que sempre soube que podia contar contigo. Sempre senti que estavas para mim se eu pedisse. Foste dos poucos que acreditaste no meu renascer das cinzas e que não me deixaste cair depois. Soubeste dizer-me verdades quando outros me deitavam areia para os olhos. E passamos horas e horas agarrados as mensagens sempre com mais alguma coisa a dizer. E aquele teu telefonema, nos meus anos...lembro-me tão bem. Não esperava, julgava que nem te lembravas. Fiquei mesmo feliz, acreditas?
Es uma pessoa linda, daquelas que há poucas. Es também uma das poucas pessoas a quem eu espero que tenha tudo tudo tudo aquilo que deseja. Ainda á pouco tempo disse-te isto, e é por ser mesmo verdade. És um sere humano único.
E apesar de uma distancia que se instalou entre nos, principalmente em termos pessoais, devido a não ser fácil conciliar tudo, eu espero que saibas que podes contar comigo em qualquer altura.

E se agora ficar sem leitores não faz mal, ou menos tentei pôr-te a chorar. AHAH

terça-feira, 8 de junho de 2010

The search for love provides nourishment for the artistic soul.

Uma tentativa de procurar em livros, de se perder pela biblioteca á procura de nem bem sabe o que. E um livro e um cigarro, e mais um livro e mais um cigarro, e mais um livro e mais uma reclamação do senhor do lado, cerca de 40 anos e certamente solitário. Mas acabava por vir mais um cigarro, e mais um livro e mais um cigarro. Era um artista de alma aberta e folhagem inacabada, podia ser um livro aberto na ultima folha, mas com essa ainda em branco. Podia ser também um biblioteca inteirinha, onde não há ninguém que entre e queira saber tudo de todos os livros. Mas era simplesmente uma presença de ténis gastos, camisa fora das calças, mala a tira-colo e com cabelo extremamente imponente pela rebeldia.
Voltava a folhear livros, voltava a mexer na mala em busca de mais um cigarro e de novo ouvia queixas sufocantes do homenzinho solitário, que se mantinha sentado com a cara afundada num livro de mecânica.
Mas os corredores mantinham-se amplos o suficiente para a procura infinita pela felicidade. A busca não acabava, e nem a alma de artista se moldava á solidão.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A cada metro


TENHO SAUDADES DE COISAS DE QUE NUNCA PENSEI VIR A TER SAUDADES.

sensação

E ela sonhava com aquilo, noite após noite. Mas sempre com acções variadas. Os pensamentos eram tão estranhos como aquele sabor adoravelmente emocional que ela sentia em outros tempos. Era mau, era simplesmente anormal ou então era confuso. Mas até medo tinha, tinha tanto medo do sentimento mau ser mais real do que imaginava. Mas ainda assim achava estupidez preocupar-se com aquilo. Ela subia e descia as escadas, abria vezes sem conta a ridícula caixa de correio com aquela cor brilhantemente ferrugenta. (não sabia ela do que estava a espera.)
E esperava, esperava,
esperava e contava vir a saber.
Contava para além do
incontavelmente contável,
mas a sensação
não acabava.

E pensava, pensava,
pensava e achava que nada dava.
A sensação era tão má
que nela nada aliviava.