quarta-feira, 2 de junho de 2010

sensação

E ela sonhava com aquilo, noite após noite. Mas sempre com acções variadas. Os pensamentos eram tão estranhos como aquele sabor adoravelmente emocional que ela sentia em outros tempos. Era mau, era simplesmente anormal ou então era confuso. Mas até medo tinha, tinha tanto medo do sentimento mau ser mais real do que imaginava. Mas ainda assim achava estupidez preocupar-se com aquilo. Ela subia e descia as escadas, abria vezes sem conta a ridícula caixa de correio com aquela cor brilhantemente ferrugenta. (não sabia ela do que estava a espera.)
E esperava, esperava,
esperava e contava vir a saber.
Contava para além do
incontavelmente contável,
mas a sensação
não acabava.

E pensava, pensava,
pensava e achava que nada dava.
A sensação era tão má
que nela nada aliviava.

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