quinta-feira, 25 de março de 2010

Fotografia do rio Tejo



Olhando o rio Tejo
Em mais uma rápida passagem por Lisboa
Ele suspira ruidosamente e espera pelo fim da estação
Espera que o temporal acabe e que a agitação marítima fique controlada
Na esperança que também o seu espírito respire
Esta receoso e passa pelo banco de pedra em passos largos
É rápido nos sentimentos
É assim como o flash da sua maquina fotográfica
Aquela que sempre o acompanha
Mas o rio também o segue em velocidade
Segue, segue, segue...
Ele olha para trás
O rio deixo-o sozinho, acalmou
Ficou parado no tempo, agarrado á inútil fotografia nostálgica
Foi o flash rápido que disparou
Mas ele não
Ele ficou igualmente acelerado mas agora parado no mesmo lugar
Parou com o rio
Seguramente inquieto
Em mais uma passagem rápida e uma alteração de estação

segunda-feira, 8 de março de 2010

Desabafo

Não, eu não percebo onde ir buscar facilidade, não sei onde encontrar o não complicado. Sim é verdade, parece-me tudo complicado. Ou farei eu das coisas mais complicadas do que na realidade são?! BOLAS! Quero a sorte de mão direita dada comigo e do lado esquerdo quero o não complicado. Mas não, atenção, eu não quero o fácil, quero é algo não complicado. Queria pela primeira vez algo certo e de apenas uma opção. Algo com uma seta enorme sobre si, daquelas bem coloridas e cheias de luz, de maneira tal a não me poder passar ao lado. Era bom, mas é que era mesmo bom! Mas não, num livro há sempre paginas em branco ou então uma da qual fazemos mas leituras. Ai! Estou farta de rasgar folhas por pequenos erros em simples frases. E que tal escrever um texto com uma introdução solida, uma continuação cativante e motivadora e uma conclusão feita sem um fim no fim?! Bem que tento, mas os alicerces acabam por cair mal começo a escrever a continuação. Definitivamente não sou boa escritora. Os meus erros são lastimáveis e, já nem falo na péssima escolha de personagens. Acabam sempre por sair fora do contexto inicial, trocam-me as voltas do texto. Ai! Já nem os textos são de leitura facilitada... Quero é ter um poema, escrito por qualquer uma gente que se atravesse no meio do meu caminho. Ler tranquilamente sem complicar nem uma palavra. Mas já ninguém escreve boa poesia hoje em dia. Não, já nem é isso me vai safar. Já nem isso é fácil de encontrar. Mas e se encontrar? Ahh, vou pensar que é ilusão, mais uma vez eu vou complicar ainda mais o que já não é fácil.

quinta-feira, 4 de março de 2010

chegada

A sombra é de fim de tarde, quando aquele rio de luz se esbate e da lugar a um mar de surpresas.
São 6 horas e já a noite vai entrando de mansinho pelo lugar mais desprotegido de todos. Já são 6 horas e ainda quero saborear a aragem fria da rua de Lisboa. É fim em Fevereiro, esta o ultimo dia a despedir-se dos prédios e das pessoas estátuas. Mas eu quero ficar por Lisboa. Andar e, desta vez, sem me queixar, andar mais um pouco. Quero fazer parte da calçada e sentir cada estado de espírito que tiver do lado. Poder saber em quem pensam as pessoas, com quem querem estar na hora de almoço, o porque de 5minutos mais tarde ao emprego e o porque de 5minutos mais cedo a casa.