Opto pelo top branco,
Aquele desalinhado e incompreendido.
Ajeito depois os meus caracóis bagunçados
E voluntariamente,
Quase despejo o frasco do perfume em cima.
Agora vou sair!
Acompanhada ou sozinha, não...
Certamente acompanhada.
Não gosto que a solidão seja meu par.
Provavelmente vou até Lisboa
(Alfama, Madragoa, Castelo...)
Bem, vou viajar pela minha cidade
Com a mão na algibeira.
Contar as pedras da calçada
E ter pena delas.
Presas, incapazes de amar.
Até lhes daria a minha algibeira
Mas tem demasiado sentimento,
O que não iriam aguentar.
Constantemente pisadas por pessoas
(algumas que nem pessoas são)
Delimitadas por cafés,
Alguns deles com explanada.
Vou escolher um!
Cadeira empalhada e mesa de vidro
Um café, se faz favor!
(Típica ordem descomunal)
Aqui tem a conta.
(Típica resposta mal criada)
Tiro rapidamente a moeda da algibeira
E olho, um segundo depois, o céu.
É lilás, da cor do forro da minha algibeira.
Adorei o texto!
ResponderEliminarUma descrição perfeita de um dia normal, que vendo mais a fundo até tem algo de especial ;)
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Lindo,como sempre
ResponderEliminarLindo,como tu :)