segunda-feira, 27 de abril de 2009

Achas que o lugar esta vazio?
Pois estas errado...
Esta cheio pela alma de todos aqueles que la se sentaram.

domingo, 26 de abril de 2009


É assim que respiro a palavra de 7 letras, Saudade. Olhando a Web a apontar para mim, vendo os lápis de cor a chamar pelo seu uso, ainda assim, respiro Saudade.
É aqui e ali, que tento a todo o custo não lembrar, apagar a imagem, olhar pela janela e não ver o reflexo errado. É a escrever este texto que as palavras notam o seu peso, reclamam com gritos silenciosos e tentam fugir do ecrã de forma invisível (mal sabem elas o quanto são importantes).
Ouvindo também o barulho vindo da TV, repenso no passado bem próximo, passado esse que se agita nos meus pensamentos. A língua inglesa vinda da TV leva-me a crer que é um daqueles filmes românticos, que de nada vale, de que em nada se compara, é apenas algo que eu consigo ignorar perfeitamente. Com tudo, há algo que por muito que diga que ignoro, nunca o consigo. Há aquela palavra de 7 letras que vagueia em mim, a Saudade, aquele sentimento que acho desnecessário. Preferia não o conhecer, preferia não ser vulnerável a esse sentimento. Mas, agora, nada tenho a fazer.
Passo a mão na mesa de madeira e sinto um arrepio, presencio aquilo que esta na minha mente, agora, a passar neste mesmo ecrã. Tão desejável, imagem tão poderosa e carinhosa ao mesmo tempo. Mas desvio o olhar, não quero deixar-me levar, tento antes suster a respiração e mergulhar nestas palavras. O mergulho é profundo, ou melhor, a queda é profunda, porque ao suster a respiração apenas aguento a Saudade dentro de mim mais algum tempo.
Tento por vezes ocultar os sentimentos, mas talvez seja demasiado transparente ou então demasiado pequena.
Depois, só com a minha mão sobre o rato deste PC ou agarrando firmemente uma caneta , consigo olhar sobre mim própria de uma outra maneira. Relendo o que escrevo observo que me descrevo por completo em cada palavra, mesmo que não a perceba. É sempre verdadeiro, porem, nem sempre quero concordar com o que escrevo, muito menos com o que sinto.
Ate ao pousar os olhos sobre o meu edredom, de contraste preto e branco, espero ver mais que isso. Porque não cor? Era talvez mais aconselhável nesta altura, neste tempo presente.
E as 7 letras da palavra Saudade, são também elas as 7 letras da palavra Sorriso. É isso que me atormenta, é essa imagem que não sai do meu pensamento. Escrevo-o, desenho-o, pinto-o, quero-o.
Acabo de pensar que fraquejei, pois é mesmo isso que me sinto, fraca. Ridículo. Até a folha em branco do caderno mais riscado esta a rir-se na minha cara. Já para não falar da folha de papel vegetal, na qual fiz o esboço do desenho que entreguei, esta dentro do armário mas ainda assim oiço o seu riso de gozo. Serão apenas as folhas a rirem-se de mim?
Pego os óculos outra hora esquecidos, e apercebo-me que não muda nada do que vejo ao pólos. Tenho ao meu lado esquerdo um livro de Virgílio Ferreira; do meu lado direito, em cima da cama, esta a minha mala escancarada, como que querendo que algo entre para ai poder fechar; nas minhas costas continua a TV ligada para os pensamentos do mundo; á minha frente esta este texto, transbordando de verdades e negações; por fim, dentro de mim, esta o sentimento...
Quero agora dar fim a isto, mas vendo bem não escrevi nada de concreto. Tentei por aqui aquilo que realmente queria deixar sair para fora do meu pensamento, mas parece que não sai nada concreto, é tudo um quase nada. Sei apenas que há um Sorriso que deixa Saudade, acompanhado de milhares de outras negações e milhares de outras ilusões.



Neste momento estou-me a lixar para o pensamento dos outros -.-'
Sorriso...
Simples sorriso
Alarmante arma
Forte, aterradora...
Fascinante, mortífera...


Cativante ao extremo
Poderosa no seu manto
mais inocente


Sorriso que arranca sorriso
Não forçado, não falsificado


Sorriso rasgado
Surpreendente


Águia caçadora
Procuras Encontras
Vitima do teu sorriso
Presa por vontade
Procuras-me Encontras-me


Sabes bem...
Sabes bem de mais
Aquilo que entregas,
Droga de um respirar
Impetuoso, marcante


E eu...
Desejando: essa arma,
Essa droga,
Fico entregue a um sorriso
Ao teu simples sorriso

Para alguns o melhor, para mim o mais aterrador...
Feito a 01.04.09

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Arte fantasma
Rabisco encoberto
por alma fechada
Sempre ausente
Sempre manchada

Tinta em tela
alterada, surrealista
PresenteFuturo saliente
Fonte do irrealmente
inacabada, impotente
É livre, inserto
como o tempo

Desgastado como as pedras
da calçada, soltas,
traiçoeiras

Inconstante predição
Pecado tentador
entre as falhas do mundo

Ironia consciente
Poder em ti liberto...
Liberto,
pela própria vontade da vida

segunda-feira, 6 de abril de 2009



Águia

Subtil
Carinhosa
Aprazível
Calorosa

05.04.09

Hoje o sorriso escasseia
A tristeza hoje é rainha
Não sei onde perdi a alegria
Mas não esta mais comigo


Alegria ausente
Dentro de um caixa
Ou mais provável
Deixada em ti
Inexplicável


Hoje o trono é negro
Sarcástico até ao fim
Destrutível
Desagradável
Doloroso


Abrandou o frenesim
A cortina subiu
Deixando algo a descoberto


Imitação de ma qualidade
Nem alegria
Nem sorriso
Nem pura nostalgia


Fracasso
Não me afectas
Es muito pequeno
Tens dois mil metros de altura
Podes apenas levar-me ao céu
Mas nunca me afectas


Não me fazer pensar
Nem sequer querer reflectir
Um olhar
Esse sorriso tão banal
Nem isso me deixa mal


Perdes poder
Ganhas desejo
Arte de apanhar
Tão só como o meu sonhar


Não me afectas
Não me fazes pensar
Es pequeno de mais
Forte de mais
Para eu me deixar levar


[MENTIRA]

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Fantasia real



Caminho de verão
Feito em anos passados
Estadia perfeita
Feita em verões cruzados


Tranquila mensagem
Passada pelo grito calado das árvores

Natureza pura
Não alterada pelo homem
Não estremecida pelo selvagem

Salto em águas geladas
Chuveiro natural das cascatas
Sorriso sempre presente na mente
Devido as saudades inacabadas

Lugar real
Em Portugal
Místico e sossegado
Apenas dado aos mais capazes
De invadir a natureza naturalmente
Deixando apenas um sorriso
Deixando apenas um aviso


Vou voltar!

(in)certezas



Não sei onde me procurar...
Não me encontro em lugar algum

Vazio
Tentei ver me reflectida em ti

Ilusão

Espera pelo encontro do meu eu
Agora marcante e irreflectida

Dolorosa

Águia avassaladora
Caças, encontras
Apoderas-te de mim


Conquistadora

De novo procuro
Salvação imponente
Salvação irreal

Mentira

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ataque já concretizado


Ataque talentoso, calmo e silencioso.