segunda-feira, 12 de julho de 2010

Chuva nº777(...)

 A loja estava coberta por lençóis brancos, eu estava la dentro e rodopiava imponentemente pelo salão aberto ao nada. Havia uma suave brisa que elevava os lençóis numa dança melancólica e fresca, o meu vestido também se erguia com o movimento e a junção da brisa, mas num sentido diferente.
 A loja ia fechar, ia acabar, ia cair em esquecimento...e eu ia acordar.
 Estava a chover la fora e eu contava as gotas que batiam violentamente no vidro da janela impotente. Tentei invalidamente abrir a portada da janela, mas já era velha e estava com ferrugem, foi em vão aquela tentativa de invasão. Voltei para os lençóis brancos da minha cama, sentia-me la protegida. Ainda assim olhava para a janela. Estava envolvida naquela cortina surreal e queria passar para o outro lado. Á dias que o queria fazer, á dias que chovia sem parar a ninguem se preocupava. Eu queria sol, eu queria alegria e luz. Mas ao mesmo tempo eu sou escuridão e melancolia, eu sou a chuva nº... 

Sou o espelho da alma negra, visto de cor e imaginação.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Starlight

Tenho mil e uma estrelas perante o meu olhar atento. E isto vai ser para sempre, porque se morrerem morrem juntas. São estrelas antecipadas pelo tempo. E não há nada que possam perder. Ainda assim, se perderem perdem para sempre. A colisão aproxima-se. E no fim, nos é que vamos perder tudo. Pois elas são mil e uma...nos somos só dois.



terça-feira, 6 de julho de 2010

Be my enemy if you love that

Olhou, sorrio, disfarçou, e foi embora...