sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Tento enganar-me
Sou ma actriz
Sou ma pessoa
Fazes-me engano-me
Enganas-me
Depois tento não querer
Tento não gostar
Mas engano-me mais uma vez
"não me afectas"
digo a mim mesma
mas minto
eu sei e tu sabes
sabemos os dois
de maneiras opostas
a ti não te engano
só a mim
sempre que me olhas
sempre que sabes o que penso
eu quero poder enganar-me
outra vez
mas já não pega
já ninguém acredita
nem quando te vejo a minha frente
eu também tenho de deixar de acreditar
vou mesmo ter de enganar-me!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

NÃO GOSTO DE SILENCIO

Há conversas que não se pode ter
São simplesmente aguas tremulas

As palavras são a poeira sobra o reflexo
Aquele verde reflexo complicado
Facilmente danificado por tentativas
É tão complicado!
É tão fácil!
Ainda assim, posso fazer da agua silencio
Tudo o resto é silencio
Apenas silencio.
Um baile calmo e ausente de dicionários
Ausente, como tudo o resto
Sem palavras ou significados
Banindo por completo as conversas que não são para ter
Podendo ate matar o verde reflexo.

Com tudo, não sei o que isso significa.
Não me preocupo o suficiente?
Ou ate de mais?
OK, acho que gosto de aguentar com tudo!
Ate com a agua
Ate com o silencio
Mas espera! Com isso todos se deviam preocupar, não?
Talvez não...
Mais vale, por vezes, ter o controlo da agua
Apenas ao cair de grandes alturas se ouve o seu grito
Podemos muito bem aguentar, então
Dançar ao som das palavras do silencio
E aguentar!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

É apenas o olhar

Há quem diga que faço um olhar de boneca estragada,

Outros ainda que pareço aqueles bonequinhos do msn, --' (acho que estes)

Mais uns dizem que por vezes pareço estrábica, (só se for quando não quero ver as coisas que vejo)

Temos também aqueles que dizem que faço cara de má apenas com o olhar (então neste caso não será cara de má mas olhar de má, não?!)


1º Concentração


Loucura em 2 rodas

Simplesmente o vento a puxar-me para trás

Gosto de andar descalça




Caminho,
Entre arvores
Embebidas pelo nevoeiro

Acaricio a terra nua
Com os meus pés descalços
Sedentos por um rumo certeiro
Querendo ter um caminhar mais constante

O orvalho é doloroso
Assim como o cinzento ar
Fazem-me feridas no coração
Profundas e teimosas

A folhagem cai aos meus pés
Ouço o barulho quando a piso

O nevoeiro atrapalha
E já não sei do meu caminho,
Agora as feridas são mais graves e preocupantes
E o barulho das folhas transtorna-me


Mas eu só queria encontrar o meu caminho