terça-feira, 31 de março de 2009

O amor é como o mar pode ir e voltar
O amor é como o mar, é um jogo de sorte entre o fraco e forte

Letra de João Pedro Pais

domingo, 29 de março de 2009

Contracção

A minha mão contraria-se
Quer direcção errada
Espera direcção certa
O indicador aponta na tua direcção
O polegar eleva-se
Afirma assim a confirmação
De uma boa opção
Vinda do teu sorriso
Vinda do toque da tua mão

Ilusão

Gritos silenciosos
tantos por ai
Em cada cara vazia

Em cada gesto perdido
Alma nua sentida


Vontade de liberdade
Ausente no olhar agitado

Movimento de sentimentos arriscado
Respiro sinto
Provoco o inesperado


Afasto o conquistado
Espero assim o impossível
Luto caiu
Sigo em frente

Sem dar um único passo...
Sem seguir na tua direcção...

Mas apareces como se eu quisesse
Pura e doce ironia,
O certo e errado perde-se
Fica o teu ser secreto
Na incerta harmonia

Prolongada incerteza
Não e senão


Poder da tua mente
Dado pelo toque de uma mão

Retirado por uma leve respiração...

Depois,
Um sorriso marcante,
E logo
Levas-me para um abismo fulminante


Mostra atreve-te grita
Explica-me se há razão
Argumenta sorri evidencia
Esta teoria chamada ilusão...

Feito por: Ela & Eu

sábado, 28 de março de 2009

CaminhosPensamentosGritosLabirintos

Há sempre alguém que nos desilude
Há sempre alguém que nos cativa
.
Há trono retirado
Há pequena cadeira aquecida
.
O vento soprou na direcção errada
Perdeu-se no arco-íris sem cor
Desapareceu no horizonte não delineado
Mostrando o fim
No seu ar gelado
.
(Chamada de desilusão)
.
Seguindo
Há a sequência de nova cor

O frio aquecido de uma mão
A verdadeira temperatura de uma voz
O abraço hesitante
de gozo paralisante
O riso encoberto
Com o olhar fugitivo
.
(Chamada cativante)
.
Depois
Caminho falante
De ordens confusas
Pensamentos aflitos
Com gritos perdidos
Correndo entre labirintos
.
Mente fechada a cadeado
Ou aberta como a gruta
Entrada circunscrita
Caminho pronto a ser pisado
Espera profunda
Assustadora

terça-feira, 24 de março de 2009

A sombra de uma alma perdida na calçada...

sábado, 21 de março de 2009

Impresão


Tento imprimir manualmente os meus pensamento
Espero ter a gramática bem alinhada
A letra, a pontuação, a mensagem correcta
.
Arrasto a seta do rato
Do cérebro ao coração
Da palavra ao texto
E espero pelo clique mais certeiro
.
Utilizo caneta falsa num sorriso
Estampo a luz no céu nocturno
Depois olho, vejo o ecrã vazio
Capto a luz inexistente
Despejo a alma inexperiente
.
Penso, escrevo, imprimo
Olho, toco, saboreio
Espero ter a gramática bem alinhada
Espero ter o clique mais certeiro

quinta-feira, 19 de março de 2009

Passa por mim de vagar;
Respira o saber da vida;
Saboreia, descreve a luz;
Escreve no ecrã da imaginação

Poder, vontade, desejo;
Imagem na mente vazia;
Saudade dançante
De aguas cintilantes

Viagem corrente do irrealmente
Sonho penetrante;
Colchão de penas esvoaçantes,
Onde a tua mente respira
Arte conjunta;
Cores manchadas de negro;
Saboreia, descreve a luz;
Escreve no ecram da imaginação,
Palavras da arte de um sonhador.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Sem palavras


Sem palavras a surgirem,

Apenas pensamentos a fluírem.

terça-feira, 17 de março de 2009

Caminhos


...os caminhos estão a nossa espera, apenas temos de escolher o trilho certo...

segunda-feira, 16 de março de 2009

A brisa do vento estinguiu-se.


A brisa do vento extinguiu-se
Acabou levada pelo sol
Indiferente á verdade
Confiante da distancia


A brisa do vento passou por mim
No seu tempo certo
Com o seu prazo marcado
Com fim á vista


A brisa do vento arrastou sentimentos
Amizade deslocada
Caras viradas
Palavras negadas


A brisa do vento arrancou folhas desalinhadas
Deixou em branco o verde
Fez olhares dolorosos
Soltou a linha da amizade
Partiu amarras de segurança

domingo, 15 de março de 2009

Verde...


...Sai á rua...
...Aprecia o sol...
...Larga o lençol quente do teu mundo...
...Aventura-te no verde...
...Lembra-te que o mundo é muito mais daquilo que vês na TV...
...Arvores crescem a espera de te ver aproveitar a sua sombra...
...O mar aproxima-se para te beijar os pés...
...Olha pela janela...
...Vê os pássaros voar...
...Respira o ar...
...Sente a brisa do mar...
...Aproveita a vida em geral...
Porque alteras a beleza natural?



...



O poder da mente é o mais incompreensível e vasto de todos. Sabemos o que queremos tal como não sabemos nada e, afundamo-nos num imenso buraco de silencio. Há alguém que consiga de lá sair? Há alguém que nunca lá tenha entrado?
O sabor da vida é algo nunca saboreado em completo esplendor. Ninguém sabe como o saborear, como o ouvir, como o sentir, mas principalmente...ninguém sabe como o viver.
Podemos ser incompreendidos pelos outros, mas há apenas uma coisa sem qualquer compreensão...a própria, e frágil, vida. Supremo poder dado apenas a algumas almas. Muitas, certamente, nem dignas são de tal dadiva. Nem viver sabemos. Aprendemos a respirar e assim damos por nos a pensar que sabemos tudo. Apenas sabemos sobreviver, mesmo assim, nem todos o conseguem, nem todos estão a altura de um inútil ser humano.
Poderá a nossa mente lutar contra o nosso corpo e sair em vitoria? Pode, talvez, mas para isso não há nada que ajude. Há apenas algo que nos faz voltar ao buraco de silencio, de onde afinal nunca saímos. Agora ainda maior e mais silencioso nos parece, com mais erros acumulados e mais vidas entulhadas.
Afinal, o poder supera a mente frágil e sacrificada , podendo eleva-la ao mais baixo caminho supremo. É provável lá ficar. É provável não saber sobreviver. É provável perceber, que nunca se foi digno de viver.

Ficas no meu sonho?...


Entraste, ficaste e não sabes o que te prendeu
Desististe, fugiste e não sabes o que te levou


Preso nunca tiveste, nem algo que se compare a isso
Apenas te aproximaste por luzes berrantes e ficaste por razões magnéticas
Mas talvez sem percepção tua, acabaste deixando marca em papel frágil



Depois caíste com a forte luz, rebolaste pelas escadas a baixo sem chão a vista
Aterraste, pensaste, viraste-te e viste
Viste o vazio, viste a multidão...
Não, apenas te sentiste sozinho na multidão
Sozinho, porque ninguém sabe como chegar até ti, nem eu...



Descobrirei, talvez, entre fogo e agua, entre terra e ar
Descobrirei no dia em que tu voltares a entrar,
Quando souberes porque voltaste para onde nunca tinhas estado,
Quando voltares a subir as escadas que te levaram a cair.

Vento inexplicável


Algo inexplicável é o que o vento nos traz
Um grito saudoso de ilusões memoráveis
Uma ânsia pelo espaço partilhado
Uma pergunta sem resposta
Que apenas o vento pode responder


Pergunta quente, resposta fria
Não o vento em seu grito de noite
Mas tua voz em sopro de dia
Aquece assim a resposta pretendida
Partilha com a noite o sol do dia


Nascera luz em terras escuras
Nova flor reinara em tua mão
Novo olhar vivera em meu coração
E assim, é dada a resposta a minha pergunta
Subtilmente contrária à esperada
Dificilmente aceite pelo vento


Feito numa aula dedicada a poesia

Sou alma fechada em caixa de lã...
Sou sentimento recolhido num dia de chuva...
Sou frenesim existente na agua do mar...
Sou pedido renegado ao vento...
Sou vidro partido em casa abandonada...
Sou pássaro livre num mundo de grades...
Sou mão fechada com coração aberto...
Sou desenho riscado em carta de amor...
Sou poema rasgado em saudade forte...
Sou cofre aberto por ladrão de ma qualidade...
Sou lição do nada deixada á solta...
Sou arvore nascida em terra sangrenta...
Sou lençol traído em noite se núpcias...
Sou barco viajado sem porto de chegada...
Sou espelho sujo sem dono certo...
Sou sol tardio fugindo do céu...
Sou amarra de linha presente em ti...
Sou lareira acesa numa casa de campo...
Sou carinho deitado em teu corpo de sal...
Sou vela queimada esquecida por alguém...
Sou pedaço de nada...
Sou pedaço de tudo...
Sou a imperfeição nascida do olhar rendido da terra...