terça-feira, 26 de março de 2013

deja vu.

        Naquela noite de luar alto, pendente por entre as estrelas abafadas, fez sobressair pensamentos ainda muito machucados dentro dele. Num caminho de antigas batalhas fez-se sentir a raiva outrora encarada por ali, fez-se uma luta diferente e quase tão incurável como antes. Ele jurava ter estado naquele lugar, mas o céu estrelado envolvendo aquela lua obscura desmentia-o a cada segundo.

                    Acho eu que aqui estive, sinto este cheiro como se fosse um novamente e deixo cair meu corpo por estas terras como se morto já tivesse sido, neste mesmo reino do antigamente.

       Naquela noite de nevoeiro aguerrido, a escuridão coberta de cor cinza deixava poucas hipóteses à luz celeste da noite. Ainda assim, ele pedia as estrelas ilusórias uma brecha na muralha, tentava perceber a batalha interior que combatia naquele momento futurístico.

                   Provavelmente foi este o local, foi aqui onde a minha escuridão tomou posse da luz já quase gasta do meu ser. Sei que aqui vivi e morri, sei que numa outra vez, numa outra vida, lutei por amores e sucumbi por eles.


"When you've been particular places,
That you know you've never been before,
Can you be sure?

'Cause you know this has happened before,
And you know that this moment in time is for real,
And you know when you feel Deja vu."

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

GTA

     Carregas nitidamente a sentença dos teus males, invadem por ti sombras de tons mórbidos, tu cais em cada terreno bravio e deixas-te levar por cada rio de águas negras.     Não sabes de certo por onde te metes e optas por não querer saber o que te espera, ainda assim sabes que é isso que te deixa ir em frente. Sabes tão bem.         Ninguém te deixa em vazio, só tu tens esse poder sobre ti mesmo.       Grafismos estranhos nas paredes de teu quarto, tintas soltas pela tua sala e tu sempre presente a vaguear por entre as divisões.      Se tivesses a noção de como limpar essa aura de fogo a tua volta ias romper por mil montanhas na busca estridente por mares de águas translucidas, ias perceber... 

domingo, 28 de outubro de 2012

Somethin' Stupid

 Aquele chorar de felicidade, quando até olhas o sol                                          posto e escorre uma ultima gota de vida pelo teu ser. Separada redundantemente por ti mesmo. Sabes aquele chorar de felicidade?! Esse mesmo que te falei hoje. Daquela felicidade                                                           que recria todo e qualquer bom e agradável sentimento, daquela alegria que retira todo e qualquer medo. Já te falei em verdade                                                                                       dessa emoção que passa por mim assolapadamente, quando em cada retalho de mim apareces tu, quando em cada momento             de mim quero momento de nós. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Incógnitas

Entre ruelas fantasma e escadarias sem saída uma força passava. Entre luzes apagadas e sombras de contraste uma voz me chamava.
 

Fumo & Vodka

 É aquela luz de dia e ainda pior aquela luz tua na noite escura. É aquela palavra de risada nítida e a a vontade que me das nas palavras. É aquele olhar que me faz querer o dia que se segue e ainda mais aqueles gestos que falam a tua própria linguagem. E tanto que fala, tanto que deixam por falar...
  (...)
  (Ainda assim tens sempre a mesma atitude aumentativa por cada dia que somo.)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Do It For Me

   Pergunto-me se tudo é tão real como nos parece...ou se simplesmente é mais fantasia do que na verdade queremos...
 













     Saímos do nosso mundo, no nosso abrigo de conhecimento, ficando tão vulneráveis assim como um recém nascido ainda em tom roxo. Sentimentos estranhos nos invadem e espalham-se pelas nossas veias, chegando friamente a um nível mais preocupante e mural. É isso que passamos a vida a evitar, mas nunca o conseguimos fazer. Caímos tão facilmente nessa armadilha humanamente perfeita que é mais o tempo que passamos no fundo que na superfície. Mas todo esse fundo tem essa superfície, assim como toda a superfície tem algum buraco negro onde podemos tropeçar e chegar a cair. Mas será isso mesmo verídico? Ou apenas algo criado pela nossa mente de maneira a nos superarmos a nos próprios?
    Sim, barreiras e mais barreiras que saltamos mais pelos outros do que por nos.  

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Degrau de pedra fria

    Desci a majestosa ruela perdida no tempo, encarei cruelmente os brilhos de sol e tirei desengonçada os óculos de sol da mala pálida. Era um novo dia e parecia-me que tal luz irradiante não ia durar muito mais. Um degrau, outro degrau, vigésimo quarto degrau e lá vou eu vazia de sentimentos até ao quinquagésimo sétimo.
    Tantos? 
    Não, foram apenas nove e bem contados.
    Ainda assim mantenho-me vazia de sentimentos durante cinquenta e sete degraus, nem mais um nem menos três. 
    Continuo o caminho recto ao sol posto, deixo escapar raiva em forma de suor e inalo angustia em forma de oxigénio. Mas é assim. Cada sensação parece nova e cada olhar retardado, como se tivesse numa jaula de fogo resfriado. Ainda assim tenho chave de casa. Posso descarrilar pela escadaria novamente e segurar bem forte o coração. Agora a luz vem atrás de mim e em nada me pode desequilibrar.